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Os empresários da restauração chegam à Assembleia da República, oriundos de vários pontos do país. O setor reivindica mais apoios por parte do Executivo. Caso contrário, o número de desempregados pode chegar aos cem mil no início do próximo ano, argumentam os manifestantes.
Daniel Serra, presidente da Associação Nacional de Restaurantes PRO.VAR, vai marcar presença na manifestação do movimento "A Pão e Água", e revela à TSF as três medidas que o setor exige ao Governo. "Estamos a pedir apoios que ajudem todos, que não deixem ninguém de fora. E a forma mais fácil é reduzir o IVA da restauração e isentar a TSU. As rendas têm de ser apoiadas. Não foram, e já deveriam ter sido há oito meses."
O representante da PRO.VAR fala de um "setor com mão-de-obra intensiva", sujeito a "uma grande pressão", para justificar a necessidade de novas medidas durante a pandemia.
O responsável lembra também que, em 2015, por altura das Legislativas, António Costa enviou uma carta aos empresários da restauração dizendo que "contava com eles", e "contou".
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"Naturalmente, iremos tentar chegar à fala com o primeiro-ministro." A PRO.VAR quer agora dizer ao primeiro-ministro para inverterem os papéis e voltarem a ser "parceiros".
Daniel Serra exorta o Executivo a apoiar a restauração para mais tarde colher lucros da manutenção da atividade. "Respondendo à carta que em 2015 foi enviada aos empresários da restauração, aquilo que queremos dizer é 'também contamos consigo neste momento tão difícil'. Deem-nos agora os apoios para mais tarde devolvermos."
Na manifestação desta quarta-feira são esperadas milhares de pessoas, originárias de todos os pontos do país.
