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O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública recebeu até agora 30 pedidos de pré-reformas, tendo aprovado cerca de um terço, revelou esta quarta-feira no parlamento o secretário de Estado José Couto.
"Até ao momento, chegaram-nos 30 processos, deferi cerca de um terço deles", afirmou o secretário de Estado da Administração Pública durante uma audição em comissão parlamentar no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
Segundo explicou o secretário de Estado, os deferimentos tiveram em conta critérios sobre se o serviço em causa é deficitário, "se gera contratação e se o valor proposto possa eventualmente duplicar a despesa" ou se o trabalhador "se integra melhor ou pior em processos administrativos do seu serviço".

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Ou seja, resumiu José Couto, foram aplicados "os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, da boa gestão" para decidir sobre a aprovação ou não dos pedidos de pré-reforma.
O secretário de Estado lembrou que as pré-reformas dependem do acordo do trabalhador e do empregador, salientando que o Governo não pretende usar este regime "em massa".
O regime de pré-reformas permite a funcionários públicos com 55 ou mais anos de idade suspenderem o trabalho, passando a receber entre 25% a 100% da remuneração base e depende, além do acordo entre trabalhador e empregador, de prévia autorização dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública.
Quanto ao Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP), José Couto disse aos deputados que o processo "está a chegar ao seu fim" com cerca de 27 mil pareceres positivos.
"O PREVPAP foi um processo ímpar e o facto de ter demorado não diminui o seu sucesso", defendeu José Couto.