Centenas de trabalhadores da SIC protestaram esta quarta-feira, durante dez minutos e de forma silenciosa em Lisboa e no Porto, por um ajuste geral dos salários. Sabe a TSF que os jornalistas que ajudaram a fundar o canal não são aumentados há 20 anos e que não há aumentos generalizados de salários há dez anos.
Ao que a TSF apurou, cerca de 150 jornalistas, repórteres de imagem, produtores e editores participaram na iniciativa em Lisboa, sendo que os profissionais que não puderam participar por estarem em reportagem enviaram declarações de apoio ao protesto.
No Porto, todos os funcionários que estavam a trabalhar - cerca de 20 - participaram na iniciativa.
Na sua versão original, estava previsto que este protesto se realizasse na rua no mês passado, mas a iniciativa acabou por ser desmarcada. Aconteceu esta quarta-feira, em silêncio, mas com o mesmo objetivo: o de mostrar a união dos trabalhadores.
Cumpridos os dez minutos de protesto de hoje, rompeu-se o silêncio com uma salva de palmas nas instalações da SIC e circulou um abaixo-assinado em que se reivindica uma atualização salarial em linha com a inflação.
Os trabalhadores consideram insuficiente a atual proposta da administração, que propõe aumentar o subsídio de alimentação e os salários de até 2000 mil euros. À luz desta proposta, quem ganhe 1249 euros receberia mais 3,5% e o ajuste para quem recebe 2000 seria de 2%, o mais baixo de todos.
Estes valores, apontam os trabalhadores, não foram negociados e são injustos por não incluírem quem ganha mais: a reivindicação é a de que o ajuste seja de 5% para os salários mais elevados.
A insatisfação dos trabalhadores da SIC tem ainda um outro catalisador: o conhecimento de que a empresa dá lucro.