Bloco de Esquerda quer prolongar apoio às famílias com crianças nas creches

Catarina Martins diz que "é um erro" que ajuda a quem não quer enviar as crianças para as creches deixe de ter ajuda no fim de maio e garante que "do ponto de vista financeiro é possível" juntar esta medida à redução das mensalidades.

O Bloco de Esquerda quer que o apoio à família cujas crianças não vão para a creche seja prolongado pelo menos até ao final de junho. Num dia marcado pela abertura destes estabelecimentos, Catarina Martins defendeu esta tarde que as creches enfrentam os problemas de uma "absoluta ausência de tutela para as acompanhar e de falta de vagas" e considerou por isso "muito importante que não acabe o apoio à família" no fim de maio, como é proposto pelo Governo.

"No dia 1 de junho, o Governo pretende acabar com este apoio para as crianças que estão na creche. Do nosso ponto de vista é um erro", criticou, esta tarde, a porta-voz do Bloco, afirmando que "deve permanecer a situação de as famílias poderem optar colocar as crianças na creche ou ficar alguém com o apoio do acompanhamento à família em casa, até porque é essa é a única maneira de garantir que as creches têm menos ocupação e cumprir as orientações da Direção-Geral da Saúde".

O Bloco de Esquerda vai entregar uma proposta no Parlamento nesse sentido. A ideia é de "um prolongamento sem data para terminar", mas a porta-voz do partido admite que pelo menos mais um mês seria muito importante.

"O que propomos é que seja prolongado pelo menos até ao fim de junho e que possa ser reavaliado de acordo com a evolução da pandemia", explicou, em conferência de imprensa. Catarina Martins insiste que "é necessário ainda garantir a redução da mensalidade" das creches e salienta que, "do ponto de vista financeiro, não há nenhum problema para garantir estas duas medidas".

"Partido Socialista está muito agitado no debate das Presidenciais"

Questionada pelos jornalistas sobre a questão das eleições Presidenciais e um eventual apoio a Ana Gomes se a socialista avançar com uma candidatura, Catarina Martins remete o assunto para mais tarde. "Eu julgo que o Partido Socialista está muito agitado no debate das Presidenciais. Esse é um problema dos militantes do PS", respondeu a deputada, acrescentando que "o Bloco de Esquerda no seu tempo apresentará naturalmente a sua candidatura". A porta-voz do partido considera que o Bloco "está numa posição privilegiada para fazer o debate interno das Presidenciais", mas lembra que, "agora, as pessoas estão preocupadas com o desconfinamento" e a resposta à atual pandemia.

Já sobre a polémica do Novo Banco e as respostas dadas esta segunda-feira pelo primeiro-ministro em entrevista à TSF, Catarina Martins garante que o Bloco mantém "tudo o que disse sobre o assunto", ou seja, que "é uma absoluta irresponsabilidade colocar mais 850 milhões de euros do erário público nas mãos da Lone Star sem se dizer ao país o que se passa na gestão do Novo Banco". Foi "sempre errado, mas num momento de uma pandemia como a que estamos a viver, com uma crise social e económica ainda mais grave, o erro aprofunda-se porque é preciso lutar pelo bom uso dos dinheiros públicos", conclui.

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