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O ex-governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, considerou que o processo de venda do Novo Banco, em 2017, foi como alienar "um cabaz de fruta que está parcialmente apodrecida".
"A questão é sempre a mesma: eu vou vender um cabaz de fruta que parcialmente está apodrecida. Eu não posso contar com a benevolência ou generosidade do comprador para que ele me pague toda a fruta como sendo de qualidade", disse Carlos Costa esta segunda-feira no parlamento.
Negócio do Novo Banco foi como vender "um cabaz de fruta que parcialmente está apodrecida".
Respondendo à deputada Cecília Meireles (CDS-PP) na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, o antigo governador do banco central considerou necessário "ter em consideração o custo de não vender, que era apodrecer a fruta toda", ou seja, a liquidação do banco.
Carlos Costa admite que, aquando da operação de venda, não havia opções boas e o objetivo era encontrar a solução "menos má" porque, no estado em que o banco estava, a venda nunca poderia resultar num desfecho positivo.
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Antigo governador do Banco de Portugal explica no que consiste a opção menos má.
O menos mau "consistia em fazer a melhor operação de venda tendo em conta que nos caiu nas mãos um banco que entrou em insolvência no dia 30 de julho de 2014", sublinhou.