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O fim da quarentena exigida aos britânicos no regresso ao país de residência é um balão de oxigénio para o setor do Turismo em Portugal, mas não chega para a recuperação. O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens aplaude a ideia do certificado digital mas também constata que não está a ter a serventia necessária, e que o necessário agora é reconquistar a confiança dos turistas.
"Vamos esboçar um sorriso, mas vamos manter-nos na realidade", apela Pedro Costa Ferreira, que esclarece: "O grande fator que nós temos de ultrapassar não é esta questão da quarentena dos britânicos, é a incerteza global relativamente às viagens. Enquanto não tivermos mobilidade internacional, não vamos ter turismo e não vamos ter recuperação económica."
A partir desta segunda-feira quem viaje de Portugal para o Reino Unido não tem de cumprir quarentena. A Região de Turismo do Algarve vê com otimismo esta nova fase: só para esta segunda-feira há a previsão de chegada ao aeroporto de Faro de 28 voos provenientes do Reino Unido. O levantamento da ordem de quarentena para os que regressem ao Reino Unido provenientes de Portugal ou de Espanha, desde que vacinados, não é, no entanto, interpretado com a mesma expectativa por parte de Pedro Costa Ferreira.
Ouça as declarações de Pedro Costa Ferreira.
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O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens elogia a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, durante a qual foi concebido o certificado digital, mas aquele que deveria ser "um passaporte para a mobilidade internacional tem sido utilizado para tudo", e não confere a confiança "que se esperava que emprestasse aos turistas europeus".
"O ganho de confiança será o passo definitivo rumo à retoma económica", remata o representante da Associação Portuguesa das Agências de Viagens.

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