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A chefe do gabinete do ex-ministro Pedro Nuno Santos desmentiu, na quarta-feira, qualquer ingerência política na gestão da TAP. Maria Antónia Araújo foi ouvida na comissão de inquérito parlamentar à TAP e foi taxativa.
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"Aquilo que eu posso afirmar aqui e que é do meu conhecimento direto é que nunca houve nenhuma orientação específica do gabinete do senhor ministro das Infraestruturas e da Habitação à engenheira Christine ou a qualquer membro da Comissão Executiva para se dirigir apenas a tutela setorial. Isso não aconteceu, nunca houve uma indicação. Assim como também nunca houve uma ingerência política nos termos em que a engenheira Christine referiu que havia quando cá esteve", explicou Maria Antónia Araújo.
Questionada sobre falta de articulação entre as duas tutelas da TAP, a chefe de gabinete disse que da parte das Infraestruturas foi presumido que a companhia aérea faria essa mesma articulação relativamente ao acordo de saída de Alexandra Reis.
"Presumimos também, fruto do contacto semanal que o secretário de Estado Hugo Mendes [Infraestruturas] tinha com o secretário de Estado Miguel Cruz [Tesouro] que essa articulação também teria sido feita e, infelizmente, não foi. Apesar de também ter sido aqui dito pelo senhor inspetor-geral de Finanças que não havia um dever legal de o fazer, mas de facto não foi feito", acrescentou.