Clientes do Santander em risco de incumprimento no crédito à habitação "são muito poucos"

O presidente do Santander Totta explica que o banco contactou nos últimos meses todos os clientes com empréstimos para a habitação. No dia em que apresentou lucros de 600 milhões de euros, Pedro Castro e Almeida critica o ritmo da execução dos fundos comunitários.

O presidente do Banco Santander em Portugal revelou que "são muito poucos" os clientes da instituição com crédito à habitação em risco de incumprimento. "Os clientes que neste momento detetámos com risco de incumprimento, dentro do que é os 265 mil no caso do Santander, são muito poucos. Estamos a falar de poucos milhares", revelou Pedro Castro e Almeida.

O responsável explica que quem tem vindo ao banco são clientes "a perguntar" qual o valor da próxima prestação ao banco, sublinhando que a instituição tem ajudado a fornecer essa informação. "Tem aparecido muitas pessoas a fazer simulações a ver que tipo de ajudas podemos dar", disse.

No dia em que o Santander Totta apresentou lucros de 600 milhões de euros em 2022, uma subida de 90% em relação ao ano passado, o presidente da instituição mostra orgulho neste resultado, mas aproveitou o contacto com jornalistas para deixar um alerta sobre a economia portuguesa.

"Uma das razões do investimento não estar a aumentar é que o nível de execução dos fundos comunitários, nomeadamente, no PRR que no caso de Portugal foi decidido que a execução passaria sempre pelo Governo, não está a chegar ao país, ao terreno e às empresas", avisa.

"Isso faz uma diferença enorme no modelo de crescimento do país", sublinha.

Por outro lado, Pedro Castro e Almeida elogiou o crescimento do PIB, mas ao fazer as contas, lembra que o resultado fica aquém do registado antes da pandemia. "Se olharmos para o PIB português numa base trimestral, pré-pandemia estava na casa dos 50 mil milhões de euros, baixou para 38 mil milhões, numa base trimestral. Por isso, estamos há quatro trimestres a crescer entre 0,2 e 0,4. Estamos a crescer com base no consumo e com a ajuda das exportações", alerta.

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