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Para tempos excecionais, medidas excecionais. A Associação Empresarial de Portugal (AEP) juntou-se ao pedido da Prodouro para que os eventuais apoios que as empresas possam atribuir aos trabalhadores para mitigar o aumento do custo de vida não sejam alvo de pagamento de impostos.
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Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, disse que os apoios podem ser muito importantes numa altura em que as empresas não conseguem subir os salários ao nível da inflação.
"Não há possibilidade alguma de os salários acompanharem o nível da inflação e, por isso, o que entendemos é que podemos ter também, para este esforço excecional que as empresas têm estado a fazer, um tratamento excecional do ponto de vista fiscal e que isto não seja tributado como mais um rendimento, mas sim como um apoio social. Se queremos que o apoio tenha, de facto, o impacto e efeito para o qual as empresas estão dispostas a fazer esse esforço acrescido, que este não seja um esforço absorvido, em parte pelo Estado. Até para parte das empresas este devia ser um valor dedutível em IRC", explicou à TSF Luís Miguel Ribeiro.

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Este pedido já seguiu para os Ministérios das Finanças e do Trabalho mas, até agora, a AEP não obteve qualquer resposta. Luís Miguel Ribeiro diz que, mesmo sem a atribuição de um subsídio, as empresas têm procurado apoiar os trabalhadores e as famílias.
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"As empresas têm-no feito de forma discreta, até porque não querem fazer disso uma bandeira, mas de várias formas como cabazes, cartões que permitem compras em alguns espaços comerciais, apoios ao nível de seguros e educação dos filhos. Há aqui um conjunto de apoios que as empresas têm vindo a dar aos seus colaboradores. Os empresários sabem, e todos nós temos consciência disso, que as pessoas são o fator mais importante dentro de uma empresa", acrescentou o presidente da AEP.
Ouça as declarações do presidente da AEP à TSF