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Desde o ano passado que cada segundo conta para a Confederação do Turismo de Portugal (CTP). Cada segundo que o país perde por não ter um novo aeroporto para servir Lisboa. O alerta passou a estar inscrito num painel e num contador digital junto à segunda circular, em Lisboa.
A localização não é em vão. O presidente da CTP sublinha que, desta forma, o contador está junto ao Aeroporto de Lisboa e à Segunda Circular: "Talvez, a via com mais trânsito em Lisboa, tanto a entrar como a sair."
Francisco Calheiros assinala que Portugal já perdeu quase 650 milhões de euros pelo atraso na decisão de onde vai ser o novo aeroporto da capital. O valor quantifica o que cada turista podia ter gasto, caso a infraestrutura já estivesse construída.
Ouça a reportagem.
"Nós sabemos exatamente o que é o custo médio de cada turista. O número médio de pessoas num avião. Envolvemos todos os nossos stakeholders, sejam agências de viagens, animação, hotelaria, restauração, avião, aeroportos, tudo. Todos estiveram envolvidos para construir um número", garante o líder da CTP.
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A Comissão Técnica Independente, que está a avaliar a melhor localização para o novo aeroporto da capital, está a estudar sete opções. Beja e Alverca estão na lista. Mais escolha, significa, para Francisco Calheiros, mais complicações.
"A hipótese mais rápida é Portela mais um. Se se vier a optar por uma decisão que seja iniciar onde algo não existe, como Santarém, Alcochete, o que seja, estes números [do prejuízo] mais do que triplicam. São mais de 20 mil milhões de euros de receita que perdemos. Não vamos ter aeroporto nos próximos dez anos. A CTP faz parte da comissão técnica de acompanhamento do novo aeroporto. Começamos com cinco opções, já juntámos mais duas. A situação é simples: quanto mais pusermos, mais vai complicar a decisão. Mais difícil vai ser", acrescenta Francisco Calheiros.

© Miguel Laia/TSF
O presidente da CTP não mostra preferência em relação a nenhuma localização, sublinhando apenas que o importante é haver um novo aeroporto. A comissão deverá entregar no final do ano um relatório ao Governo com a melhor localização, altura em que Francisco Calheiros conta retirar o contador: "Só está previsto cá estar até ao final do ano, porque temos a certeza que até ao final do ano teremos uma decisão."