Distribuidores admitem escassez de alguns produtos, mas "abastecimento alimentar não está em causa"

Alguns supermercados estão a restringir a compra de óleo de girassol, mas a Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares rejeita que exista motivo para alarme.

Há supermercados que já estão a limitar a venda de óleo de girassol, produto que, em Portugal, é, em parte, importado da Ucrânia. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que indica que algumas grandes superfícies comerciais portuguesas só permitem a compra de três litros ou de três unidades por cliente.

Em declarações à TSF, Luís Brás, representante da Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (Adipa), garante que, neste momento, o "abastecimento geral alimentar não está em causa".

"Agora, que pode haver escassez pontual de determinados produtos - e estes [o óleo de girassol] em particular, sim, isso é uma evidência", admite.

O dirigente da associação de distribuidores reconhece que o problema está relacionado com o facto de o mercado estar excessivamente dependente da Rússia e da Ucrânia.

"Começa a haver alguma escassez desse produto, o óleo de girassol, e, de facto, a própria indústria começa a ter dificuldades em gerir esta situação em termos de fornecimento. É uma consequência lógica", constata Luís Brás. "O mercado, obviamente, quando está excessivamente concentrado numa determinada proveniência, ressente-se."

No entanto, Luís Brás assegura que não há razões para alarme, sublinhando que existem alternativas.

"O essencial é não entrarmos em alarmismos nem numa corrida desenfreada, porque não há uma situação de rotura e porque há sempre alternativas. Antes de a indústria apostar no óleo, havia outras alternativas", aponta.

Esta quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o país tem reservas suficientes para que não haja escassez de qualquer "bem essencial", mas reconheceu que a situação é válida apenas "para os próximos tempos".

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