EDP admite aumentar dívida nos próximos anos mas garante manter rácio

Novo presidente executivo da EDP destacou o compromisso de manter um balanço "sólido" e "sustentável" das contas da empresa.

O novo presidente executivo da EDP admitiu esta quinta-feira estar previsto um ligeiro aumento da dívida líquida do grupo nos próximos anos, mas garantiu a manutenção dos rácios de endividamento, face ao crescimento dos resultados.

"A dívida líquida está previsto aumentar ligeiramente, porque os resultados também vão aumentar", afirmou Miguel Stilwell d'Andrade, sublinhando que "o que interessa é o rácio entre dívida e resultados".

O responsável falava na conferência de imprensa depois da apresentação do plano estratégico da EDP para 2021-2025.

Stilwell d'Andrade, que assumiu a liderança da energética em substituição de António Mexia, destacou o compromisso de manter um balanço "sólido" e "sustentável" das contas da empresa.

"Vamos continuar a ter um balanço sólido. [...] Para isso, nós vamos manter os nossos rácios de endividamento em níveis controlados", reiterou.

O novo presidente lembrou, ainda, que o rácio da dívida atingiu, em 2020, o valor "mais baixo dos últimos 13 anos".

Em dezembro do ano passado, "a dívida líquida da empresa totalizava 12 200 milhões de euros, representando uma redução de 11% face a dezembro de 2019", o que se traduziu numa redução de 1600 milhões de euros.

De acordo com a EDP, "esta redução do endividamento foi suportada pela conclusão no mês de dezembro de 2020 de diversas transações, nomeadamente a venda de duas centrais a gás e carteira de clientes de retalho em Espanha e de seis centrais hídricas em Portugal", sendo que a estas operações, "juntam-se duas transações de rotação de ativos renováveis na Europa e nos EUA, assim como a aquisição da Viesgo e consequente parceria com a Macquaire para a distribuição de eletricidade em Espanha".

A EDP anunciou esta quinta-feira que vai investir 24 mil milhões de euros na transição energética, dos quais 19 200 milhões de euros (80%) em energias renováveis até 2025, que inclui tecnologias eólica, solar, hidrogénio verde e armazenamento de energia.

As restantes parcelas dos 24 mil milhões de euros previstos para investimento na transição energética dividem-se em aproximadamente 15% para as redes e 5% para as soluções para clientes e gestão de energia.

Em termos de geografias, a maior parte do investimento será feito na Europa e na América do Norte (aproximadamente 40% para cada).

Já o Brasil será o destino de cerca de 15% do montante e os restantes 5% serão distribuídos por outros mercados, como, por exemplo, o asiático.

"Acreditamos que o mundo precisa de ser transformado, precisamos de um mundo descarbonizado e eletrificado. [...] Há uma enorme quantidade de oportunidades em termos de energias renováveis", afirmou o presidente executivo da energética, Miguel Stilwell d'Andrade, durante a apresentação do plano estratégico aos analistas.

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