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Em reação ao Programa de Estabilidade arquitetado pelo Governo, a Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas reclamou, esta sexta-feira, medidas concretas. Jorge Pisco, presidente da confederação, afirmou no Fórum TSF que os empresários estão fartos de anúncios e precisam de medidas com aplicação prática.
"Se não forem tomadas medidas, são mais anúncios, é mais propaganda", considerou o responsável, salientando que o setor precisa de "medidas concretas e objetivas".
Ouça as declarações de Jorge Pisco
Esta sexta-feira, foi conhecido que o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) terá 7700 milhões de euros de apoios destinados às empresas, de acordo com o Programa de Estabilidade (PE) aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros e entregue à Assembleia da República (AR).

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De acordo com o documento - que ficou disponível pouco depois da meia-noite no site da Assembleia da República -, estão previstos 5 mil milhões de euros de apoios diretos às empresas e 2700 milhões de apoios indiretos, a executar até 2026, no âmbito do PRR.
No entanto, a Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas realça que a aplicação das verbas é mais importante do que a divulgação dos apoios. "De anúncios estamos fartos. As medidas têm é de ser anunciadas e aplicadas como deve ser. Não vale a pena estarem a anunciar e depois, na prática, aquilo não passar de propaganda", concretizou Jorge Pisco.
A Confederação do Comércio faz outro reparo. João Vieira Lopes, presidente da confederação, assinala que a Tutela continua a privilegiar o investimento publico.
"Temos encontrado, na atuação do Governo, um conjunto de insuficiências que nos preocupam", começa por dizer, elencando: "Nestes planos, não é claro como é que se articulam entre si, entre o PRR e os outros fundos europeus, como esse esforço é distribuído."
A Confederação do Comércio salienta a diferença de apoios atribuídos ao setor público e ao privado. "Sempre defendemos que deveria ser intensificado o investimento público, mas há um desequilíbrio muito grande entre o investimento público e o apoio às empresas", argumenta João Vieira Lopes.
João Vieira Lopes também faz críticas ao Governo.
