Empréstimo não chega. Trabalhadores da Groundforce esperam novidades do Governo ainda hoje

Eugénia Varzielas, da comissão de trabalhadores da Groundforce, espera que o Governo esteja prestes a anunciar uma solução.

Os trabalhadores da Groundforce têm esperança de que o Conselho de Ministros desta quinta-feira possa trazer novidades quanto ao futuro da empresa. Esta manhã, os trabalhadores voltaram a manifestar-se, desta vez em Faro. Foi lá que fizeram saber que a notícia de que está em negociação um empréstimo bancário para o pagamento dos salários em atraso não chega para resolver o problema da Groundforce.

Em entrevista ao jornal ECO, o presidente executivo da empresa disse que não pode assegurar que os salários de março sejam pagos. Paulo Neto Leite diz, ainda, que a empresa está a fazer uma gestão "hora à hora" para garantir a sua própria viabilidade. O responsável adiantou que se tem reunido com a Caixa Geral de Depósitos e com o Banco de Fomento para conseguir crédito e continuar a atividade. O presidente da Groundforce lembra que, além dos salários, a empresa tem de garantir o pagamento a fornecedores e impostos.

Eugénia Varzielas, da comissão de trabalhadores da Groundforce, diz que é preciso mais. Por isso, espera que o Governo esteja prestes a anunciar uma solução.

"Sabemos que hoje há um Conselho de Ministros, temos esperança que possa daí vir a sair alguma orientação da decisão, mas concretamente, até ao momento, não sabemos mais nada. A questão do empréstimo dos 30 milhões é uma questão que, neste momento, não existirá se não for solucionada a questão acionista. Nós temos um problema ao nível da estrutura acionista e, portanto, a questão do empréstimo carece de garantias, que nós sabemos que não existem", sustenta.

O secretário-geral Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos tem esperança que os salários fiquem regularizados até sexta-feira e culpa a Pasogal pela situação em que se encontra a empresa. José Sousa pede, no entanto, que os trabalhadores se mantenham tranquilos enquanto decorrem as negociações.

"Aquilo que nós aconselhamos a todos os trabalhadores é que mantenham a serenidade, porque continua-se a trabalhar em várias direções de modo a que rapidamente surja uma solução para o pagamento dos salários e para a continuidade da empresa sem ruturas. Hoje não existe dúvida de que o principal responsável por esta situação é o acionista Pasogal, que tem dificultado, de todas as formas, a solução para a empresa", defende.

O secretário-geral Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos diz que a convocação de uma greve está fora de questão, porque o conflito não é entre funcionários e patrões.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de