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O programa da formação Open to Ukraine é composto por 6 módulos que vão desde a hospitalidade a uma introdução à gastronomia portuguesa. De norte a sul são 12 as escolas onde a oferta está já disponível.
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O diretor da Escola de Hotelaria e Turismo, Paulo Vaz, explica à TSF que o projeto quer facilitar a integração dos ucranianos no nosso país. Trata-se de "um percurso formativo que permite a estas pessoas ganhar competências sociais, pessoais e também profissionais ao fim de 2 ou 3 meses." No fundo, é um programa de integração social para pessoas que fugiram da Ucrânia e que tem "o objetivo de as dotar, preparar e capacitar para integrarem o mercado do trabalho no setor."
A plataforma de acolhimento inclui também oportunidades para aqueles que possam querer vir a trabalhar no turismo em Portugal. Ter em conta a falta de mão-de-obra com que o setor se confronta é inevitável.
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"O setor precisa urgentemente de pessoas para trabalhar e essa urgência não tem nacionalidade, não tem cor, não tem etnia. Todas as pessoas são bem-vindas e desejadas para que trabalhem ou que olhem para o turismo como um setor de trabalho e de crescimento em termos profissionais", diz o presidente da Associação Fórum Turismo. António Marto não deixa de recordar que "estas pessoas que chegam a Portugal agora vêm carenciadas" e "precisam de um tratamento com mais personalização".
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Neste sentido, Paulo Vaz sublinhou que o programa leva em conta as fragilidades com que os refugiados chegam a Portugal.
"Temos que perceber que estas pessoas vêm numa condição de [trauma] e, portanto, precisam de tempo para respirar fundo, para se reposicionar, para perceber o que se está a passar na realidade". E acrescenta que "para nós, o timing não é [o mais importante] - não estamos a fazer uma corrida contra o tempo. Aquilo que quisemos foi ter uma resposta instalada, pronta a avançar quando for solicitada. Para nós, esse é o principal fator".

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De Viana do Castelo a Vila Real de Santo António, o Open to Ukraine está aberto a todos os que, fugidos da guerra, queiram continuar a desenvolver competências, não só profissionais no setor do turismo, mas também pessoais.
Divulgado na 1ª edição da Bolsa de Empregabilidade no Porto, o projeto decorre em regime presencial e as informações estão já a ser disponibilizadas pelas autarquias.