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O presidente da Associação de Comerciantes do Porto garante que já há lojas a implementar medidas de poupança de energia. Ouvido pela TSF, Joel Azevedo, presidente da associação, diz que a substituição das luzes dos estabelecimentos e a redução do uso do ar condicionado são as medidas indicadas para esse efeito e considera que diminuir o horário das lojas não é benéfico para o comércio.
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"Encerrar mais cedo ou abrir mais tarde os estabelecimentos parece que pode ser prejudicial no contexto que nos encontramos e depois de uma pandemia e de estarmos privados de grande parte do trabalho normal da parte comercial. Não me parece que seja essa a estratégia indicada. Eu diria que tem que se encontrar medidas de apoio", adianta Joel Azevedo, defendendo a substituição das "luminárias dos estabelecimentos para luzes led" ou a redução do ar condicionado.
Ouça as declarações de Joel Azevedo à TSF
O presidente da Associação de Comerciantes do Porto sugere ainda que o Governo ajude os comerciantes a implementar essas medidas de poupança de energia.
"Parece-me que deve haver um programa nacional de apoio ao comércio para redução de consumo de energia, como existiu para edifícios públicos e para casas particulares. Estamos e vamos estar em diálogo com o Governo para tentar encontrar formas de melhorar a eficiência dos edifícios que consomem grande parte da energia do comércio", acrescenta.
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A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) admite que, de domingo a quinta-feira, as lojas dos centros comerciais podem fechar mais cedo. No entanto, a Associação dos Centros Comerciais está contra.
À TSF, o presidente da CCP, João Vieira Lopes, afirmou que esta possibilidade é o último recurso.
"Portugal é dos países que tem horários mais extensos no comércio. Uma das hipóteses que admitimos é os centros comerciais poderem, de domingo a quinta-feira, ou seja, durante os dias da semana em que há menos movimento, depois da hora de jantar, antecipar os seus horários de encerramento. Os nossos associados consideram que essa medida é exequível. Pensamos, no entanto, que tudo isso deverá ser negociado com todas as partes interessadas de uma forma equilibrada para todos os setores do comércio", explica.
Na passada sexta-feira, a CCP entregou um parecer ao Governo sobre o Plano de Poupança de Energia, que está a ser preparado pelo Executivo, admitindo discutir o encerramento das lojas. João Vieira Lopes revela algumas propostas que foram transmitidas ao Governo: "Pensamos que é possível, neste momento, regulamentar, como em vários países, o controlo da temperatura dos estabelecimentos e isso é um elemento de poupança energética, assim como a diminuição de iluminação de montras, sendo que o Governo aí, como contrapartida, terá que necessariamente garantir condições de segurança nessas zonas que ficarão menos iluminadas."
"Apresentamos uma série de medidas no sentido de painéis solares e admitimos que, neste momento, não devem ser impostas medidas que obriguem os estabelecimentos a fazerem investimentos, nomeadamente na área de frio", defende.