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A FESAP (Federação de Sindicatos da Administração Pública), que integra o conselho geral e de supervisão da ADSE, admite que tem havido por parte de alguns agentes, incluindo o Governo, alguns desleixos em relação às contas.
"Há aqui uma certa displicência por parte do conselho diretivo. É preciso que haja outro tipo de empenho, outro tipo de trabalho", sustenta José Abraão, da FESAP.
José Abraão, ouvido pela TSF, fala da "displicência" do Governo
Desde 2015 que se sabe que é preciso alargar a ADSE a novos quotizados. No entanto, não houve ainda uma ação do Executivo nesse sentido. No relatório conhecido esta manhã, recorda-se uma antiga estimativa dos gestores da ADSE segundo a qual um alargamento do número de pessoas a fazer descontos teria um efeito positivo de 11 milhões de euros em 2017 e de 42 milhões de euros em 2018.
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No documento, consta a conclusão do Tribunal de Contas de que a ausência de decisão por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças terá prejudicado a ADSE nesses montantes.
"Em relação ao próprio Governo, não se pode continuar em meras declarações de intenção. O que é importante é a ação, é resolver os problemas, porque também se trata de um instituto especial que é novo, está a ser testado. O empenho teria de ser diferente, quer por parte das Finanças, quer por parte do Ministério da Saúde", aponta José Abraão.
Ouça as propostas do representante da FESAP
"São propostas novas no sentido do alargamento a novos beneficiários que podem garantir mais sustentabilidade ao longo do tempo: por exemplo, ao nível dos contratos de trabalho e o setor empresarial municipal, aqueles que saíram da ADSE e queriam voltar por considerarem um bom sistema de saúde..."
Com estas propostas, "será, com certeza, sustentável se toda a gente cumprir, se se gerir com equilíbrio no combate à despesa excessiva e fraude". "Não quero acreditar que a ADSE tenha problemas", alega.