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Os gestores de empresas portugueses temem o efeito da desaceleração da economia, da continuação da pandemia e da crise no abastecimento de matérias-primas, mais do que qualquer outra coisa.
Um inquérito realizado pela multinacional Aon, uma das maiores empresas do mundo de análise de risco, revela que as prioridades dos gestores portugueses são ligeiramente diferentes do resto do mundo.
Por exemplo, os riscos cibernéticos, como ataques informáticos e violação de dados digitais, são apenas a sexta prioridade dos gestores portugueses, mas lideram o TOP 10 mundial.
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Carlos Freire, o CEO da Aon Portugal, disse à TSF que as preocupações dos portugueses poderão ter a ver com uma maior dependência da economia portuguesa, face aos mercados internacionais.
Recuperação lenta em Portugal está "muito ligada" ao risco pandémico.
Outra diferença nas preocupações entre Portugal e o resto do mundo tem a ver com recursos humanos.
Os gestores portugueses temem a incapacidade para recrutar, ou manter, os talentos mais especializados.
Empresas precisam cada vez mais de "pessoas especializadas".
O estudo da Aon, baseia-se em inquéritos a 2300 gestores de 60 países.
Os ataques cibernéticos, a interrupção de negócios e a lenta recuperação económica são os três maiores receios mundiais para o desenvolvimento das empresas.
Uma das preocupações que mais aumentou no mundo foi o medo de mudanças legislativas e regulatórias.
Curiosamente, há dois anos, o risco de uma pandemia aparecia apenas na posição 60 da lista elaborada pela Aon.
Em Portugal, uma das preocupações que mais aumentou foi a volatilidade dos preços.

© AON
Análise de riscos
A análise de riscos é uma área cada vez mais fundamental na gestão de empresas, e é mesmo fundamental no setor financeiro, seja no crédito ou nos seguros.
Carlos Freire explicou na TSF como se processa a análise de riscos numa empresa.
Carlos Freire explica o processo de análise de risco numa empresa.
O essencial, em cada caso, é comparar a situação de uma empresa face aos melhores exemplos de cada setor.
E a pandemia trouxe para o topo das prioridades a realização destas análises, porque as empresas estão cada vez mais preocupadas com riscos ESG (Ambiente, Social e Governança).
Uma categoria tão vasta que inclui práticas anticorrupção, o cumprimento de direitos humanos e das regras mais fundamentais de saúde, segurança e higiene no trabalho.