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O Ministério do Ambiente e da Ação Climática vai destinar 45 milhões de euros à renovação e valorização dos ecossistemas. Nesta quarta-feira, o Governo apresentará o programa Resiliência dos Territórios Face ao Risco, no âmbito do REACT-EU - um programa de assistência financeira da União Europeia, adianta o jornal Público. Estas verbas têm de ser gastas até ao final de 2023 e destinam-se a entidades públicas e privadas.
João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, destaca "cinco projetos completamente novos: um com 25 milhões de euros, para intervir nos perímetros florestais e nas matas nacionais, por candidatura, envolvendo proprietários e associações de baldios; o segundo, também com dimensão significativa - 10 milhões de euros -, para o combate à desertificação, sobretudo ou quase exclusivamente para o Sul do país, para Sul do Tejo".
O governante também elenca que, da quantia total, há "5 milhões de euros para cumprir projetos de valorização dos ecossistemas dos municípios que compõem o roteiro das terras de Miranda".
Ouça os destaques do programa, pela voz do ministro Matos Fernandes
Para Matos Fernandes, a plantação de árvores é o passo mais certeiro contra a desertificação: "O deserto combate-se melhorando a qualidade do solo, introduzindo no solo matéria orgânica, e a forma mais perene de o poder fazer é claramente através da arborização."
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Neste pacote de medidas, há ainda três linhas de apoio para modernizar os viveiros florestais e investir na beneficiação dos parques naturais. "Há oito parques florestais que estão na imediação de espaços urbanos", começa por dizer. É o caso do de Amarante, que tem uma área de dez hectares, exemplifica o ministro. "Precisam muito de ser valorizados, com educação ambiental de excelência", constata o ministro.
"A plantação de árvores é uma forma de baixar a temperatura, pela sombra que elas fazem. Nos centros urbanos, é também essencial garantir que essas mesmas árvores, apesar do calor, são capazes de crescer e de viver durante décadas e décadas." João Pedro Matos Fernandes esclarece que estas plantações "podem ter empresas e associações a promovê-las", até porque "não temos em Portugal plantas suficientes, adaptadas ao território, que são aquelas que vamos plantar nos próximos cinco anos".
O ministro explica a importância da plantação de árvores
São anunciados pelo Governo, por isso, um "esforço muito grande para modernizar os viveiros florestais, que são públicos, bem como o Centro Nacional de Sementes Florestais", e a intenção de criar um viveiro de plantas dunares na linha do litoral.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática sublinha que estes apoios destinam-se a entidades públicas e privadas, o que significa que "vão ser abertos avisos públicos, todos eles o mais tardar até ao fim de setembro, e podem e devem os privados concorrer", já que as verbas têm de ser aplicadas até ao final de 2023. "Estas verbas podem dividir-se em dois blocos: umas que são já razoavelmente predeterminadas - no caso dos parques florestais, alguns geridos pelo ICNF, outros geridos pelas autarquias -; os dois pacotes maiores - de 25 milhões de euros para os perímetros florestais e os dez milhões de euros para o combate à desertificação - são essencialmente para privados."
João Pedro Matos Fernandes clarifica como vão ser distribuídas as quantias
O Programa Resiliência dos Territórios Face ao Risco, no âmbito do REACT-EU, é apresentado esta quarta-feira, pelas 11h00, no Buçaco.