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O Ministério das Finanças afirmou, esta quarta-feira, que as previsões da Comissão Europeia estão "próximas das estimativas do Governo, confirmando a credibilidade do Programa de Estabilidade", com o ministro João Leão confiante de que Portugal apresentará um "crescimento muito forte".
"As projeções macroeconómicas e das finanças públicas da CE [Comissão Europeia] estão próximas das estimativas do Governo, confirmando a credibilidade do Programa de Estabilidade português", pode ler-se num comunicado do Ministério das Finanças.
A Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal este ano, apontando agora para 3,9%, quando em fevereiro esperava 4,1%, e antecipou que o PIB português chegue ao seu nível pré-crise "a meio de 2022", ano em que a espera um crescimento de 5,1%.

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"Apesar do confinamento generalizado e longo do primeiro trimestre, os sinais de retoma já são evidentes e as previsões da Comissão confirmam um crescimento forte para a economia portuguesa", refere o Ministério das Finanças, acrescentando que, no conjunto dos dois anos das previsões (2021 e 2022), "o desempenho da economia portuguesa será superior ao da média da área do euro, permitindo que Portugal retome o caminho de convergência iniciado em 2016".
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"Estamos a aproximar-nos a passos largos do fim do túnel. A recuperação está em andamento. Estou confiante que Portugal apresentará um crescimento muito forte. Não podemos agora perder o foco", afirma o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, citado no comunicado, acrescentando que serão mantidos os apoios para os setores mais afetados pela pandemia, "para assegurar uma recuperação inclusiva".
"A resiliência das nossas empresas e trabalhadores foi exemplar, e a recuperação rápida será prova disso", acrescenta o ministro.
O ministério tutelado por João Leão afirma que Bruxelas prevê que "a recuperação da economia portuguesa assente num crescimento forte do investimento privado e público", com Portugal a atingir em 2022 "um nível de investimento público em percentagem do PIB semelhante ao da média da área do euro".
Para este resultado, diz, "contribui o início do Programa de Recuperação e Resiliência, com a CE a estimar que a execução em percentagem do PIB em Portugal seja a quarta mais elevada da União Europeia".
O Ministério das Finanças afirma ainda que as estimativas divulgadas "vêm confirmar a resiliência do mercado de trabalho português e a eficácia das medidas de apoio às empresas e proteção ao emprego".
A Comissão Europeia melhorou, nas previsões económicas de primavera, a sua perspetiva quanto à taxa de desemprego em Portugal este ano, apontando agora para os 6,8%, quando em novembro do ano passado esperava 7,7%.
Bruxelas mostra-se ainda confiante quanto à evolução deste indicador para 2022, prevendo que a taxa de desemprego baixe para os 6,5% no próximo ano, duas décimas abaixo da previsão do Governo (6,7%).

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