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O ministro do Ambiente e da Ação Climática assegura que o Governo tem condições para travar o aumento do preço da eletricidade no próximo ano. Numa altura em que os preços da eletricidade estão a bater recordes no mercado grossista, João Pedro Matos Fernandes explica que as situações de Portugal e Espanha são diferentes, pelo que em 2022 será possível impedir um aumento na fatura da eletricidade dos consumidores portugueses.
"Temos obviamente muitas almofadas que estamos a utilizar e que vamos utilizar para reduzir o preço da eletricidade, ou melhor, para inibir o aumento do preço da eletricidade", revelou, em declarações à SIC.
O ministro do Ambiente estima que uma maior utilização de fontes renováveis permitirá também uma redução do preço da eletricidade. João Pedro Matos Fernandes sublinha que o preço não tem aumentado, como tem acontecido com os combustíveis, por isso há que fomentar a utilização de outras fontes de energia.
"Temos uma vontade muito grande, sem qualquer promessa, de fazer com que a eletricidade não aumente", garantiu, dizendo ser "óbvio que o aumento da eletricidade na produção" seja "um fator que inibe a possibilidade de podermos reduzir o seu custo". Mas há como contornar o problema, declara o governante. "Temos, de facto, muitas almofadas para o podermos contrariar."
Ouça a explicação do ministro Matos Fernandes.
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Matos Fernandes voltou também a promover a ideia da aposta em energias renováveis. "Num prazo que é cada vez menos longo, não estamos a falar de mais dois ou três anos, com a entrada em funcionamento de todas as centrais solares que foram promovidas e lançadas por nós, aí sim existem mesmo condições para que a eletricidade baixe."
"Aqueles que um dia disseram que as energias renováveis encareciam o preço da eletricidade hoje estão completamente enganados", argumentou o ministro.
Questionado sobre o aumento do preço dos combustíveis, o ministro do Ambiente diz tratar-se de uma questão diferente. Em julho, o Governo aprovou uma proposta que surgiu como uma ferramenta para travar a subida das margens dos preços destes produtos. Os deputados ainda não votaram a proposta, mas João Pedro Matos Fernandes avisa que o Executivo não pode fazer muito mais.