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O ministro da Economia anunciou este sábado que a partir da próxima semana vai estar disponível uma linha de crédito no valor de 400 milhões de euros para ajudar empresas que viram os custos de produção afetados com a escalada de preços da energia.
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Pedro Siza Vieira garante que estas verbas estarão "disponibilizadas no sistema bancário na próxima semana para permitir dar liquidez às empresas e fazer com que elas não entrem em dificuldades". Em todo o caso, o governante assegura ainda que vai "continuar a monitorizar a situação e a reforçar estas linhas na medida das necessidades".
"Esta linha de crédito está essencialmente dirigida a empresas que têm um peso grande dos custos de energia no conjunto dos seus fatores de produção, a empresas que viram os seus custos de produção aumentar significativamente nestes últimos tempos - ou seja, empresas que compravam componentes ou recursos e que de repente se tornaram muito mais caros -, mas também empresas que tiveram quebras de faturação nestes últimos tempos", explica Siza Vieira dando o exemplo da indústria automóvel onde há empresas que devido à falta de semicondutores tiveram de reduzir a laboração.

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Diz também o governante que em cima da mesa está a possibilidade de dar apoios diretos a fundo perdido a empresas com maior peso da energia nos custos de produção, mas essas ajudas ainda estão em discussão com a Comissão Europeia. Siza Vieira espera novidades nos próximos dias sobre estes apoios.
Para o ministro, que encerrou uma conferência da Ordem dos Economistas em Lisboa, é também importante deixar um apelo aos empresários para trabalhem com o governo para, "neste período de turbulência", preservar o emprego e a produção. "Importa não destruir a capacidade produtiva e o emprego", conclui Siza Vieira.

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