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É uma subida de 0,7%. Em vez dos 6,3% que o Governo inscreveu no Orçamento Suplementar, o Executivo aponta agora para 7%, ainda assim abaixo das previsões de instituições como o Banco de Portugal, responsabiliza o PSD.
O ministro das Finanças João Leão considera que o conjunto de medidas de alteração ao Orçamento do Estado Suplementar "conduzem a um agravamento significativo do défice orçamental em cerca de 1.400 milhões de euros".
"Não podemos deixar de notar que o líder do PSD acusou o Governo de ter tendências despesistas e alertou o país para o facto de o orçamento ser otimista", disse o ministro das Finanças acusando o partido de Rui Rio de "defender tudo e o seu contrário: acusa o Governo de ser despesista e depois aprova medidas do lado da despesa e da receita agravando o défice em 1.400 milhões de euros".

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Na resposta, o deputado Afonso Oliveira exigiu, sem sucesso que o ministro das Finanças detalhasse quais foram as propostas dos social-democratas que provocaram esta revisão em alta da estimativa do défice.
"Diga-me qual é a proposta que o PSD apresentou ao parlamento que agrava o défice: está a falar da proposta para os sócios-gerentes que foi aprovada com os votos de todos os partidos, até do PS? Está a falar da proposta do PCP que tem a ver com o pagamento por conta? Não é nenhuma do PSD", questionou Afonso Oliveira.
O ministro referiu apenas que dos 1.400 milhões de euros em propostas de alteração incluídas no Orçamento Suplementar, "400 milhões têm a ver com medidas de aumento da despesa e até mil milhões de euros do lado da receita"