Maior investimento industrial dos últimos 10 anos injeta 657 milhões em Sines

Repsol recebe bónus fiscal para construir duas fábricas de polímeros. Obras são concluídas em 2025 e até lá vão empregar em média mais de 500 pessoas. Uma vez prontas, criam 75 empregos diretos e 300 indiretos.

O Conselho de Ministros aprova nesta quinta-feira a concessão de benefícios fiscais para a construção de duas fábricas de polímeros da Repsol em Sines.

O investimento, que expande a operação da petrolífera no complexo industrial da cidade, alcança 657 milhões de euros, valor que o secretário de Estado da Internacionalização garante à TSF ser "o maior investimento do setor industrial que país teve nos últimos 10 anos". A Autoeuropa teve um investimento de valor semelhante em 2014, mas para encontrar um maior é preciso recuar mais de uma década, e aos projetos da Portucel Soporcel (hoje The Navigator Company) em Setúbal, também para a construção de uma fábrica, e da GALP, que investiu na modernização das refinarias.

O benefício fiscal atribuído ao projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) pode atingir 63 milhões.

As duas fábricas que vão construir materiais usados depois noutras indústrias, como a automóvel, vão criar 75 postos de trabalho, elevando os cerca de 500 que a Repsol tem na operação atual em Sines para perto de 600. A estes 75 empregos acrescentam-se 300 indiretos. A construção, que deverá estar concluída em 2025, dará trabalho a uma média de 500 pessoas, atingindo um pico de um milhar.

Eurico Brilhante Dias realça a criação de postos de trabalho mas sublinha o "impacto direto na balança comercial que poderá atingir os 800 milhões de euros em saldo entre o aumento de exportações e a potencial diminuição de importações".

Os polímeros a fabricar nas duas novas unidades vão ser "100% recicláveis", e o governante explica que "estes produtos estão na nossa vida todos os dias. No nosso computador, na nossa televisão, no nosso automóvel, na nossa escova de dentes".

O secretário de Estado com a pasta da internacionalização afirma que "muitos destes produtos ainda hoje são derivados de petróleo a partir da petroquímica", e considera que "o importante é fazê-los de forma sustentável e com menor impacto no meio ambiente e combatendo também assim as alterações climáticas a partir deste tipo de investimentos".

Depois do fecho da central termoelétrica da EDP em Sines, Este é o segundo grande investimento anunciado para o complexo industrial da cidade, a seguir do projeto de um consórcio anglo-americano para a criação de um centro informático de processamento de dados, num investimento de 3,5 mil milhões de euros.

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