Mais de 600 mil trabalhadores em lay-off

Governo tem avançado universo potencial de 1,3 milhões de pessoas mas a Confederação Empresarial avança número exato: há 623 mil trabalhadores de facto atingidos pelo lay-off.

As 106 mil empresas que já pediram adesão lay-off colocaram de facto 623 mil trabalhadores neste regime especial. O número foi avançado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

O Governo tem avançado apenas a dimensão do universo de pessoas potencialmente atingidas: são as que trabalham nas empresas que solicitam a adesão à suspensão ou alteração temporária de contratos de trabalho (e que é de cerca de 1,3 milhões de funcionários). Mas como cada empresa pode colocar em lay-off apenas parte da força de trabalho, não era ainda conhecida a dimensão real do número de pessoas afetadas.

O valor foi avançado na apresentação do estudo "Sinais Vitais" feito em parceria pela CIP e pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).

O inquérito a mais de 1450 empresas mostra que 14,7% das companhias parou a atividade por completo e 37,1% teve uma paragem parcial. 48,2% continua em pleno funcionamento.

A análise mostra que 84% dos gestores inquiridos entendem que as medidas tomadas pelo governo ficam aquém ou muito aquém do necessário.

Quase 40% das marcas já pediu financiamento bancário; 17,4% não o fez mas pondera fazê-lo, enquanto 43,1% não sente essa necessidade.

O inquérito mostra também que 48% das empresas avançaram para o lay-off, enquanto 44% não aderiu nem pensa aderir ao regime. Existe uma fatia de 8% do tecido empresarial que não tendo aderido, pondera fazê-lo. De entre estas, metade pensa avançar para essa decisão apenas em junho.

No universo das empresas que aderiram ao regime, é nos extremos dos vários formatos possíveis que estão as maiores apostas: uma em cada quatro colocou todos os trabalhadores em lay-off; enquanto 30% aplicou a suspensão temporária a menos de 20% da força de trabalho.

De entre todas as marcas que solicitaram acesso o regime, 30% ainda não receberam o apoio do Estado. 84% das companhias garante, ainda assim, que conseguiu pagar os salários. 4% confessa não ter cumprido essa obrigação, enquanto 12% pagou de forma parcial.

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