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Apesar da subida galopante dos preços, não vai mesmo haver aumentos intercalares na função pública, esclareceu, na quarta-feira à noite, o ministro das Finanças, Fernando Medina.
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A recusa de Fernando Medina já tinha ficado nas entrelinhas na conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado. Em entrevista à RTP, o ministro defendeu que a estratégia do Governo para combater a inflação é mais eficaz e insistiu nos argumentos para rejeitar um aumento salarial.
"Eu acho que seria um erro que só prejudicaria o poder de compra dos trabalhadores da função pública, mas também do setor privado, se nós introduzíssemos ao lado deste motor, que é o motor externo que nos está a introduzir aumento de preços nos bens que consumimos, um processo autoalimentado também através do motor interno no nosso país. A nossa estratégia é melhor na resposta ao problema com que estamos todos confrontados", afirmou.
O Governo não cede e recusa subir os salários, não havendo sequer aumento intercalar na função pública. Depois de conhecido o Orçamento, todos os partidos sublinharam que vai haver perda de rendimentos. O PSD insistiu mesmo no regresso encapotado da austeridade.

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