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O Ministério das Finanças explicou este domingo que a ação inspetiva da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização paga à ex-administradora da TAP Alexandra Reis ainda está "em fase de contraditório" e só depois será elaborado um relatório final.
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"A ação inspetiva pela IGF ainda está em curso, encontrando-se em fase de contraditório. Só após esta fase será produzido um relatório final que será enviado ao Governo", esclarece o ministério de Fernando Medina em comunicado.
Segundo a tutela, "logo que a ação inspetiva se encontre concluída e seja produzido o relatório da mesma, o ministro das Finanças prontamente tornará públicas as conclusões e determinará o que se impuser para plena garantia da legalidade".
Isto depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter defendido este sábado que o ministro das Finanças, Fernando Medina, deverá ponderar as consequências das conclusões da Inspeção-Geral de Finanças sobre a indemnização paga a Alexandra Reis.
"Se foi pedido pelo senhor ministro das Finanças, o senhor ministro das Finanças terá de ponderar exatamente as consequências do relatório. Vamos esperar para ver", respondeu, quando questionado pelos jornalistas se este caso pode ter ainda mais consequências políticas.
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A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada a 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
O comunicado divulgado este domingo pelo Ministério das Finanças surge na sequência de uma notícia avançada na sexta-feira à noite pela SIC Notícias, segundo a qual o projeto de parecer da IGF "aponta para a existência de fortes irregularidades no processo" de Alexandra Reis.
De acordo com a SIC, quer a administração da TAP, liderada por Christine Ourmiéres Widener, quer a ex-administradora da companhia já foram notificadas pela IGF "para fazer o contraditório ao projeto de parecer" e já entregaram a sua pronúncia, pelo que "o parecer da IGF deve ser conhecido em breve".
Contactada pela TSF este sábado, a TAP não comenta as conclusões do parecer da IGF, referindo apenas que "o inquérito é um processo em curso e a TAP respeitará as suas conclusões".