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Ao terceiro dia de greve, o assessor jurídico do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas lançou um desafio à ANTRAM. Perante os jornalistas, Pedro Pardal Henriques pediu aos patrões para se sentarem à mesa das negociações.
"Quero lançar um desafio público à ANTRAM para que amanhã às 15h possa estar na DGERT para falar connosco, para que nos sentemos à mesa e encontremos uma proposta para fazer terminar isto", disse.
Questionado sobre se a greve iria continuar, Pedro Pardal Henriques referiu que o objetivo é resolver os problemas que afetam os trabalhadores e as suas famílias. O assessor jurídico do sindicato dos motoristas de matérias perigosas teceu duras críticas ao Governo, defendendo que a requisição civil decretada "é ilegal".
"Marcar-se uma greve. Os ministros marcarem serviços mínimos de 100%, obrigarem estas pessoas a trabalharem com pistolas apontadas à cabeça, ameaçarem estas pessoas, é lamentável, é acabar com o direito à greve, que dos poucos direitos que restam aos trabalhadores", sublinhou.
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O Governo, pela voz do ministro do Ambiente, admitiu a possibilidade de a requisição civil ser alargada, algo que não caiu bem junto dos motoristas.
"Aquilo que está a ser feito é um tubo de ensaio para experimentar contra todas as greves que existam. Já aconteceu assim com o sindicato dos Enfermeiros e agora é contra os motoristas de matérias perigosas. São ensaios para impedir e violentar os direitos dos trabalhadores", acusou.