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O Governo reconheceu que a atribuição dos vales de eficiência está muito aquém do que era suposto. Ouvido, esta tarde, no Parlamento, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2023, o ministro do Ambiente e da Ação Climática constatou que esta é uma área em que os objetivos traçados não estão a ser atingidos.
"Os vales de eficiência energética, que têm como destinatários os beneficiários de apoios sociais, [são], talvez, das medidas com menor concretização, do ponto de vista do Governo", admitiu o ministro Duarte Cordeiro.
"Em 100 mil vales que nós temos de atribuir, teremos atribuído cerca de 10 mil. Estamos muito aquém", constatou.
O governante referiu que estão a ser equacionadas mudanças para pôr em prática, tais como a atribuição de "mais do que um vale às famílias, corrigindo, eventualmente, necessidades".
"Neste momento, o nosso foco é trabalhar, para já, numa alteração na divulgação e na forma de chegar aos beneficiários. Mas também não temos certezas absolutas (...) de que só isso seja suficiente", reconheceu Duarte Cordeiro.
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"Também estamos a analisar se, realmente, o montante dos vales é suficiente e também estamos a avaliar o tipo de apoio que justifica dar", declarou.
Outra área em que o ministro do Ambiente admite falhas é a gestão dos resíduos.
"Nós estamos atrasados, ao nível dos resíduos. Temos de assumir que as coisas são como são. Não vale a pena estar a branquear", atirou.
O governante sublinha o objetivo de publicar, até ao final deste ano, uma estratégia para conseguir atingir as metas definidas.
"Vamos procurar, através da estratégia, encontrar soluções", concluiu.