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O presidente do PSD defendeu que o Estado "tem de cumprir" o contrato com o Novo Banco se esta instituição também cumprir, e recusou que a votação dos sociais-democratas cause danos reputacionais ao país.
Depois de o PSD ter confirmado hoje em plenário o voto favor na especialidade da proposta orçamental do BE que anula a transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução para o Novo Banco (tal como PCP, PEV, Chega e deputada não inscrita Joacine Katar Moreira), Rio defendeu que os sociais-democratas foram coerentes.
"Eu votei em coerência com o que sempre disse: que o Governo antes de qualquer transferência para o Novo Banco deve vir ao parlamento explicar as razões, de preferência com uma auditoria independente do Tribunal de Contas em cima da mesa", afirmou, em resposta a perguntas dos jornalistas no parlamento, no final da discussão orçamental.

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Rio questionou se existe a certeza de que o contrato assinado entre o Estado e a Lone Star (dona do Novo Banco) está a ser cumprido pelo lado da instituição bancária.
"O Estado português tem de cumprir, mas temos de ter a certeza que do outro lado também estão a cumprir. Os contratos têm dois lados e estamos aqui a defender os contribuintes portugueses", disse.
Questionado sobre as acusações do PS e do Governo de que esta votação terá danos reputacionais para o Estado português, Rio contestou essa posição.
"Danos reputacionais podiam existir se, com os votos que tenho, dissesse que por nós não vai nem mais um tostão para o Novo Banco, mas não é isso que estou a dizer: por mim o Estado cumpre, desde que os outros cumpram também", enfatizou.

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