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O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou, esta quinta-feira, que a NOS e a Meo "utilizaram sistematicamente incrementos de 1%" na faixa 3,6 GHz, o que atrasou o fim do leilão de quinta geração (5G).
"Verificamos que houve empresas que usaram todo o incremento", mas destacou que a "NOS, em primeiro, e a Meo", em segundo, "utilizaram sistematicamente incrementos de 1%" na faixa 3,6 GHz no leilão e "só excecionalmente usaram incrementos de 5%", apontou João Cadete de Matos, na conferência de imprensa sobre o fim do leilão de 5G, que terminou na quarta-feira.
Cadete de Matos considerou que a duração do leilão teria sido "muito menor" se os licitantes na faixa GHz tivessem feito licitações de 5%, 10% ou de 20%.
"A duração do leilão que acabou ao fim de 201 dias" teria terminado "ao fim de 10 dias, logo em janeiro, se as licitações tivessem sido na ordem dos 20%, e se fosse 5% teria terminado no final do primeiro trimestre", acrescentou, que era a data indicativa da Anacom.
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O jornalista José Milheiro relata as acusações feitas pelo presidente da Anacom
O presidente da entidade reguladora salientou que sempre disse que não tinha controlo sobre o fim do leilão e que "partiu com a convicção de que as empresas estavam interessadas em ter licenças o mais rapidamente possível", mas o que "se observou" foi "uma marcha lenta neste leilão".
De acordo com a Anacom, há 102 dias que só havia um lote de excesso de procura (desde a ronda 612 no 100.º dia do leilão, a 4 de junho deste ano).
Desde essa data o incremento total foi de cerca de 162 milhões.

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