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O ex-banqueiro João Rendeiro já se encontra no tribunal de Verulam, nos subúrbios de Durban, onde vai ser presente perante um juiz pela primeira vez desde que foi detido no sábado, disse à Lusa fonte dos serviços. Foi em Durban que foi detido este sábado pela PJ, em colaboração com a Interpol.
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June Marks, advogada sul-africana de Rendeiro, reagiu esta manhã, em declarações à TSF, à publicação de uma fotografia do seu cliente em pijama e sublinhou qual a estratégia de defesa que vai adotar. "A minha única preocupação é este momento. Vi a fotografia, parece-me falsa, mas, seja como for, a minha única estratégia e preocupação esta manhã é tratar do meu caso."
Ouça as declarações de June Marks.
"Não estou interessada em processar a imprensa, seja a imprensa em Portugal ou na África do Sul. Não falei com ele sobre isso, não recebi instruções, mas ele está a lidar com um assunto específico. Quando receber instruções, tratarei disso."
A advogada de Rendeiro não adianta detalhes sobre o que irá alegar: "É um procedimento normal esta manhã. Infelizmente não posso dar detalhes sobre o que penso, preciso de ir para o tribunal.
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Fonte do tribunal referiu que Rendeiro "chegou cedo" e está "sob custódia" neste momento. As audiências arrancaram pelas 09h00 (07h00 em Portugal).
João Rendeiro deverá ser ouvido a partir das 11h00 locais (09h00 em Portugal), altura em que, no tribunal com oito diferentes juízos, começam a ser distribuídos os novos casos, explicou à Lusa fonte da instituição.
Só nessa altura é que se saberá qual o juiz que vai ouvir o ex-banqueiro.
Até lá, decorrem dezenas de outros casos cujos intervenientes fazem fila na rua, à porta das instalações.
O ex-banqueiro João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
O ex-presidente do extinto Banco Privado Português (BPP) foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que João Rendeiro retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.