- Comentar
O plano de reestruturação do grupo aéreo açoriano assenta em 4 pilares que passam pela reestruturação da frota, eficiência operacional, renegociação com os fornecedores e "agilização" do trabalho, o que inclui uma redução salarial de 10% para os vencimentos acima dos 1200 euros brutos mensais.
Por outro lado, podem sair com reforma antecipada ou por mútuo acordo cerca de 100 trabalhadores do quadro da empresa.
Com este apertar do cinto a SATA prevê poupar até 2025 cerca de 68 milhões de euros.

Leia também:
Conversa em Bruxelas "será dura". SATA, uma reestruturação inacabada
Mas não foi só a pandemia que colocou o grupo deficitário, os resultados operacionais negativos são uma constante desde 2012 e nos últimos três anos rondam os 135 milhões de euros.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
De acordo com este plano a SATA começa a dar lucro em 2022 e consegue um nível de receitas sempre a subir, com um crescimento de 83% daqui a cinco anos (2025), face a 2021.
A SATA está com uma frota onde os aviões das linhas internacionais voam metade daquilo que deviam e na rede interilhas da SATA Air Açores, a aposta é numa maior eficiência operacional da frota.
A SATA pediu recentemente um auxílio estatal de 133 milhões de euros, a operação foi aprovada por Bruxelas mas a Direção Geral da Concorrência iniciou também uma investigação às injeções de capital feitas pelo Governo Regional, estão em causa cerca de 73 milhões de euros.

Leia também:
Comissão Europeia garante que investigação às ajudas à SATA "continua"
A investigação europeia ainda decorre e não tem uma data para terminar, por isso, vai correr de forma paralela ao plano de restruturação, daí que o Governo Regional já tenha dito que a SATA vai devolver a verba dos três aumentos de capital.
Em relação ao plano de reestruturação, o Secretário Regional das Finanças, Bastos e Silva, tem afirmado que "este plano de negócios pode tirar a SATA da situação aflitiva em que está".
Bastos e Silva adianta que o plano foi bem trabalhado e consensualizado mas reconhece que a a União Europeia vai levantar reservas ao plano agora entregue porque "estes processo são de difícil negociação. Os problemas surgirão mas na negociação com as autoridades europeias", conclui.