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O Governo garante que a subida automática das pensões em 2023 iria colocar as contas no vermelho cinco anos mais cedo do que o previsto. Num documento enviado ao Parlamento, o Executivo justifica a alteração à fórmula prevista na lei e diz que, se nada fosse feito, haveria um saldo negativo de mil milhões de euros já no final da década.
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As contas são do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social: nas parcelas, mantêm-se as estimativas atuais para as receitas com as contribuições de trabalhadores e patrões, enquanto para as despesas são somados, todos os anos, mais mil milhões de euros do que o valor previsto no Orçamento de Estado de 2022.
O jornal Público escreve esta segunda-feira que os resultados indicam que se a atualização das pensões fosse adiante, tal como está prevista na lei, o défice no sistema chegaria aos mil milhões em 2030, passando para os 3300 milhões em 2040.
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Assim, no documento enviado para o Parlamento, o Governo conclui que a aplicação integral da fórmula teria um impacto imediato, com o saldo a chegar ao vermelho cinco anos mais cedo do que o previsto.
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Pelas contas do Executivo, também o fundo de estabilização financeira se esgotaria de forma precoce - no início da primeira metade da década de 2040 -, o que poria em causa metade da evolução positiva registada nos últimos anos.