Trabalhadores da EDP em greve por aumentos salariais e progressão na carreira

EDP propôs aumentos salariais de 0,5%, o que corresponderia a 5 euros para a maioria dos trabalhadores.

Os trabalhadores da EDP cumprem, esta terça-feira, uma greve nacional para reivindicar aumentos salariais e uma "mais justa" progressão na carreira, com uma concentração prevista pelas 11h00 junto à sede da empresa, em Lisboa.

Em declarações à TSF, Joaquim Teodósio, da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal - CGTP-IN), diz que que os trabalhadores não concordam com a proposta de aumentos feita pela empresa.

"Um aumento de salário de 0,5% é muito pouco. São aumentos que vão dos 5 aos 22 euros", com o patamar mais alto "apenas para 13 pessoas de empresa que estão no topo de carreira". A grande maioria dos trabalhadores receberia mais 5 euros, o que "não dá para nada".

Isto numa empresa que teve 801 milhões de euros de lucro relativos a 2020, dos quais mais de 753 milhões vão para dividendos, condena Joaquim Teodósio.

Além disso, a administração vai pagar 2,4 milhões de euros nos próximos três anos ao antigo presidente António Mexia, "simplesmente para ele não fazer nada, só para não ir trabalhar para a concorrência" e ao atual CEO, Miguel Stilwell de Andrade, os acionistas aprovaram pagar 1,4 milhões de euros por ano.

Os sindicatos da EDP já se reuniram várias vezes com a administração, mas, até ao momento, não conseguiram fazer valer a sua proposta inicial: 90 euros por trabalhador.

Além da greve de 24 horas e concentração na Avenida 24 de Julho, será entregue um abaixo-assinado "por uma nova e mais justa progressão nas carreiras", que a federação diz ter recolhido "centenas de assinaturas de trabalhadores da EDP".

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