- Comentar
Os números da economia conhecidos esta terça-feira são um "bom sinal" para o país. Foi desta forma que o primeiro-ministro reagiu à notícia de que a economia nacional cresceu 6,7% em 2022. António Costa disse que é um incentivo de confiança para os agentes económicos.
Relacionados
Economia portuguesa cresce 6,7% em 2022, o valor mais elevado desde 1987
Crescimento do PIB de 6,7% dá "mais confiança" para desempenho de 2023
Fórum TSF: O crescimento económico já se sente na vida dos portugueses?
"É um bom sinal. É sinal que a economia recuperou bem da Covid, resistiu bem à guerra e à inflação. São boas indicações daquilo que pode acontecer em 2023, é um fator de ânimo para o país, incentiva os agentes económicos, de confiança. Crescimento significa emprego, e emprego significa que as pessoas mantêm as suas condições de vida, as condições de continuarmos a progredir com o país. Estamos numa boa trajetória", afirmou, em declarações aos jornalistas, à margem de uma iniciativa no Bairro da Jamaica, no Seixal.
Ouça aqui as afirmações de António Costa sobre o crescimento da economia nacional
A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, "o mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o INE, "no conjunto do ano 2022, o PIB registou um crescimento de 6,7% em volume, o mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
A explicar a evolução registada no ano passado está, segundo o INE, "um contributo positivo expressivo" da procura interna, embora "inferior ao observado no ano anterior", verificando-se ainda "uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento".
Já o contributo da procura externa líquida "foi positivo em 2022, após ter sido negativo em 2021", tendo-se registado "uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações".
No quarto trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,1% em termos homólogos (desacelerando face aos 4,9% do terceiro trimestre) e 0,2% em cadeia (0,4% no trimestre anterior).
Em termos homólogos, o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB "diminuiu no quarto trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e uma redução do investimento". O contributo positivo da procura externa líquida também diminuiu, tendo as exportações de bens e serviços em volume "desacelerado mais intensamente que as importações".
O INE nota ainda que, no quarto trimestre de 2022, se observou "uma perda dos termos de troca em termos homólogos, mas menos intensa que as perdas observadas desde o segundo trimestre de 2021, em resultado da desaceleração mais pronunciada do deflator das importações que o das exportações".
Já comparando com o terceiro trimestre de 2022, o PIB aumentou 0,2% em volume, tendo "diminuído o contributo positivo" da procura interna para a variação em cadeia do PIB, enquanto o contributo da procura externa líquida se manteve "ligeiramente negativo".