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A Associação Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) apelou esta quarta-feira ao primeiro-ministro para que alivie as restrições no acesso à Cultura, para que possam programar nos próximos meses, porque "o verão já está perdido".
O apelo, com quatro medidas de caráter urgente, foi feito numa carta enviada a António Costa e divulgada aos jornalistas, nas vésperas de uma nova reunião do Conselho de Ministros e um dia após o Governo ter reunido com peritos, no Infarmed, em Lisboa, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19, em Portugal.
As quatro medidas pedidas pela associação são o alargamento da lotação das salas de espetáculo a 100%, e sem marcação de lugar para quem tiver certificado digital ou teste antigénio negativo válido, liberalização de horários e reforço do programa de apoio aos trabalhadores de teatro, música, dança e outras atividades artísticas e literárias.
Paulo Dias, vice-presidente da APEFE, pede mais liberdade a partir de 1 de setembro.
Num novo esforço de apelo, os promotores de espetáculos consideram que a próxima reunião de Conselho de Ministros "pode marcar a viragem para a economia e nomeadamente para o setor da Cultura", "para aqueles que não têm ou praticamente não têm atividade desde março de 2020".
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Os promotores alertam ainda para a necessidade de estas serem "tomadas agora", porque continua a existir "uma situação desesperante de falta de trabalho para as empresas e profissionais" do setor.
"Precisamos de um calendário efetivo com as regras que nos permitam trabalhar", escreveram na carta, lamentando que os resultados dos eventos-piloto não tenham sido ainda tornados públicos, três meses depois de terem acontecido.
Para os promotores, a reabertura plena da atividade cultural é um estímulo para os jovens se vacinarem.
"Não é com festivais, bares e discotecas fechados que os convencemos. Eles têm que ter um sinal claro e objetivo das vantagens da vacinação: o acesso à vida normal", defendeu a APEFE.
Em junho, numa manifestação realizada em Lisboa, de contestação às restrições impostas, Pedro Magalhães, da direção da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos, estimava perdas "muito superiores" a 100 milhões de euros, este ano, para as empresas que têm os equipamentos para eventos culturais.