Por questões económicas, sociais e ambientais, os SASUC decidiram colocar em prática desde o início da semana medidas de combate ao desperdício. Entre elas, deixa de haver pratos pré-feitos, passando cada um a comer à sua medida, e partes de legumes que antes iam parar ao lixo, vão parar à panela da sopa.
«Colocámos uma balança junto à zona de receção dos tabuleiros e íamos pesando. Chegámos a conclusões avassaladoras, oito toneladas», diz Regina Bento, administradora dos serviços sociais da Universidade de Coimbra, que admite ser preciso envolver toda a comunidade universitária. «Servimos cerca de um milhão de refeições por ano, por isso se todos tivermos em mente que só vamos pedir o que realmente vamos consumir, isso vai ter um impacto importante», adianta.
Ao entrar na cantina, por norma, os pratos estão pré-feitos para evitar grandes filas. Uma rotina que terá de mudar. «Uma estudante de desporto consome de forma diferente por comparação com alguém de Medicina, por isso os pratos pré-feitos não são ajustados», acrescenta.
Para além de mudar hábitos de alunos, funcionários e professores, outras medidas serão postas em prática. Talos de couve e de alface vão para a sopa, maçã e batata passam a ser servidas com casca.
Catarina, Andreia e Carlos, estudantes de mestrado em Ciências da Comunicação estão de acordo com as medidas implementadas: «Com tanta gente a precisar e nós a desperdiçar de uma forma que não faz sentido nenhum. Não é só o aproveitamento dos talos, vai mais longe, é importante levarmos apenas aquilo que queremos comer», dizem.
O objetivo da Universidade de Coimbra é o desperdício zero. Mensalmente a divisão de alimentação está desafiada a lançar um novo produto, que decorra de aproveitamento de outros. Os próximos números serão apresentados pela balança no final do ano letivo.
