Cortes: «Parar significa morrer», diz reitor da Universidade do Porto

O reitor da Universidade do Porto admite que em 2013 mais professores sejam dispensados e que sem dinheiro a manutenção das infra-estruturas e edifícios, assim como a renovação dos laboratórios possam ficar pelo caminho.

Na universidade do Porto, 2012, começou com uma subtração no orçamento de 10 milhões de euros. Em resultado 40 professores convidados saíram da instituição.

Em 2013, com mais cortes, o reitor José Marques dos Santos admite medidas mais drásticas.

«Podemos não renovar mais alguns contratos com docentes convidados, mas já não há muito por onde cortar, vamos deixar de fazer manutenção de edifícios, renovação de laboratórios, infra-estruturas que vão ficar obsoletas», explica.

Para o ano, 9 milhões de euros vão-se evaporar das contas desta universidade e sem bons laboratórios e infraestruturas, é impossível atrair os melhores cientistas.

Sem investimento, o reitor teme que a investigação feita nas universidades entre num buraco de onde não pode sair.

«Com estes cortes vamos ter que parar onde estamos e parar significa morrer. Em pouco tempo, significa que o país deixa de ter universidades entre as 500 melhores do mundo ou as 300 do mundo, entre as 100 da Europa. Se é isto que querem fazer às universidades estão no bom caminho», disse.

A ironia de um reitor de calculadora na mão. Quanto alternativas para a difícil equação orçamental das universidades? José Marques dos Santos diz que talvez se deva somar o que está dividido.

«Precisamos de racionalizar o nosso sistema de ensino superior, temos 15 universidades e 15 politécnicos ninguém ataca este problema. Há muita maneira de reorganizar o sistema sem perder qualidade», disse.

Sem forma de escapar à crise na universidade do Porto pondera-se onde serão aplicados os cortes. O objetivo é não mexer na qualidade do ensino.

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