«As expectativas são sempre altas e boas», declarou o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, à entrada do edifício do Ministério da Educação em Lisboa onde irá decorrer a última reunião com os sindicatos.
Em cima da mesa está o documento final que o Governo enviou aos sindicatos na passada segunda-feira, no qual é proposta a eliminação da divisão da carreira docente em duas categorias hierarquizadas e a fixação anual do número de vagas no acesso ao terceiro, quinto e sétimo escalões da carreira.
Apesar de esperar «ser correspondido» nas suas expectativas, João Dias da Silva admite enveredar por outras vias, caso o Ministério da Educação não recue em alguns pontos.
«Nesse caso teremos outras possibilidades a explorar, como uma nova ronda negocial», disse o sindicalista, em declarações à Agência Lusa.
Desde o início do mês de Dezembro que o Ministério da Educação e os vários sindicatos dos professores negoceiam alterações ao estatuto da carreira docente e à avaliação de desempenho destes profissionais.
Entre as propostas apresentadas pelo Governo estão ainda a observação das aulas aos professores que queiram aceder às avaliações de “Muito Bom” e “Excelente”, sendo esta medida indispensável na passagem para o terceiro e quinto escalões.
Quanto aos docentes avaliados com “Bom”, mas que por falta de vaga não consigam aceder àqueles escalões, terão prioridade no ano seguinte, "imediatamente a seguir" aos professores classificados com "Muito Bom" e "Excelente", que progridem independentemente da existência de lugar.
Depois de conhecida a proposta, os sindicatos preferiram não se alongar nos comentários, adiantando, no entanto, que o documento carece de «muitas alterações», algumas das quais «significativas», antes de merecer o acordo da estruturas que representam os professores.