Mais de 2 mil estudantes deixaram a universidade este ano letivo

As contas são do Diário de Notícias, que juntou dados das Universidades do Porto, Coimbra, Minho e Algarve. O aumento do número de desistências preocupa as associações de estudantes e as próprias universidades.

As dificuldades financeiras têm vindo a aumentar. O vice-reitor da Universidade do Minho, que tem cinco mil bolseiros, o maior número do país, admite ao Diário de Notícias que a crise é um fator de preocupação.

Só no Minho, deixaram a universidade 600 alunos. No Porto, foram 620 e em Coimbra e no Algarve, foram quase 850, o que representa um aumento em média, de 9 por cento em relação ao ano passado.

O DN escreve que não são apenas as dificuldades financeiras que estão na origem do abandono. Alguns desistem porque não gostam do curso e mudam de área.

O certo é que há também casos de alunos que deixam de ir às aulas, mas não cancelam a matricula.

Outro problema tem a ver com as propinas em atraso. Nas quatro universidades que responderam ao Diário de Notícias, as dívidas em atraso chegavam aos cinco milhões e meio de euros.

Em Coimbra, mais de 4 mil e 300 alunos tinham propinas em atraso no mês passado. No Porto, eram também mais de 4 mil, enquanto no Minho havia cerca de 600 estudantes, só no 1º ciclo, com propinas em dívida.

Contactados esta manhã pela TSF, a reitoria da Universidade do porto e a Federação Académica reconhecem os problemas que levam ao abandono dos estudantes.

O pró-reitor da Universidade do Porto, José Sarsfield Cabral, confirma a disponiblidade para facilitar o pagamento das propinas e diz que há sensiblidade para essas dificuldades.

Também Rúben Alves, presidente da Federação Académica do Porto, reconhece as dificuldades, mas salienta a disponibilidade dos responsáveis académicos para aceitar pagamentos faseados para os casos mais compllicados.

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