O ministro da Educação assegura que não ignora as preocupações dos reitores e presidentes dos institutos politécnicos que estão preocupados com a redução de verbas para o Ensino Superior.
No Parlamento, Nuno Crato disse que continua disponível para dialogar e que está a ser trabalhada com o Ministério das Finanças uma «resolução do problema e para verificar melhor qual a real dimensão do problema e atuar em conformidade».
«Existe abertura do ministro das Finanças e nossa para analisar o problema e reunir com os reitores e presidentes do politécnicos», adiantou o ministro da Educação, que notou que este tipo de encontros é feito com muita frequência.
Na Comissão Parlamentar de Educação, Nuno Crato frisou que o ministério da Educação «tem estado em contacto ao longo deste processo». «Sabemos as dificuldades que as universidades têm e queremos estar do lado da solução», explicou.
O ministro da Educação aproveitou ainda para apelar à reorganização das universidades e politécnicos e defendeu que estes se têm de articular com o Ensino Profissional Secundário.
Nuno Crato recordou que os «politécnicos têm instalações que muitas escolas secundárias não têm e conhecimentos, professores, pessoas capazes e especialistas que muitas escolas secundárias não têm».
«Se coordenarem esses esforços com esses estudantes e lhes oferecerem uma experiência avançada mais cedo do que é habitual, os politécnicos podem ter aí um ramo de desenvolvimento muito grande», adiantou.
O ministro da Educação lembrou ainda que cabe às universidades e aos politécnicos coordenarem a oferta de cursos e questionou-se se em certas circunstâncias esta oferta não deveria ser concentrada «para melhoria das condições pedagógicas e para a economia da própria universidade».