Pedro Passos Coelho aproveitou para criticar «decisões no passado que nem sempre foram as mais adequadas e onde se gastou muito dinheiro». A atenção, disse, deve agora concentrar-se na rede escolar existente e procurar requalificar o que falta, em parceria com as autarquias, porque os recursos são escassos.
O chefe do executivo PSD/CDS-PP enalteceu o grande investimento e as mudanças introduzidas na Educação nos últimos anos. Lembrou a generalização da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano, a definição de metas curriculares com avaliação no final de cada ciclo, a obrigatoriedade do ensino do inglês e a aposta em disciplinas nucleares como a Matemática e o Português, e ainda a generalização da rede pré-escolar.
Foi, no entanto, na introdução de mais ofertas vocacionais e profissionalizantes que mais tempo se deteve durante o seu discurso.
«Fizemos muitas coisas e num tempo em que foi difícil. Agora temos de continuar a apostar na qualidade do sistema educativo, e em criar percursos que permitam o acesso a oportunidades profissionais de qualidade, nomeadamente junto dos institutos superiores politécnicos», disse.
As empresas, segundo o primeiro-ministro, podem ser parceiras decisivas nesse processo: «Portugal tinha um défice muito grande nesta área e estamos gradualmente a recuperar. Já temos uma rede superior a 5000 empresas que ao nível do ensino secundário colaboram com as nossas escolas de modo a propiciar uma formação profissionalizante aos alunos».
No entender de Passos Coelho, é necessário alargar essa rede e «trabalhar melhor em cooperação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional», para evitar que andem «todos a fazer a mesma coisa e a competir uns com os outros».