Os reitores prometeram dar mais apoio aos caloiros no próximo ano letivo a nível nacional com uma «mensagem de acolhimento que possa criar um espaço com outras práticas que não têm a ver com o verdadeiro acolhimento aos estudantes».
Após um encontro de quatro horas com representantes do Ministério da Educação, o presidente do Conselho de Reitores, António Rendas, disse estar empenhado «em que essa realidade seja eficaz».
Também presente neste encontro, esteve o secretário de Estado do Ensino Superior, que sublinhou que cada estudante deve conhecer os seus direitos, incluindo o direito de fazer queixa quando a praxe torna-se «bullying».
Contudo, José Ferreira Gomes lembrou que há outras praxes que «são brincadeiras simples e inocentes e em que todos nós gostaríamos de participar e ser envolvidos», o que faz com que a tipificação do que é uma praxe seja «complicada».
«O que pretendemos é marcar bem o limite e tornar bem claro aos estudantes, a caloiros e veteranos, de que há uma linha vermelha que não podem ultrapassar», acrescentou.
Após esta reunião, o presidente do Conselho de Reitores mostrou-se desiludido e lembrou que ainda não foi garantido o acesso aos 30 milhões de euros que dizem ter sido desviados do Ensino Superior no Orçamento de Estado de 2014.
António Rendas lembrou a abertura do primeiro-ministro para rever esta questão e que a única coisa que ouviu sobre este assunto foi a garantia de que o ministro Nuno Crato iria falar novamente sobre a questão com Pedro Passos Coelho.
O presidente do CRUP recordou que a maior parte das instituições de Ensino Superior poderão ficar em grandes dificuldades a partir do meio do ano caso esta questão não se resolva.
