À primeira vista, a vida na Universidade do Algarve decorre com normalidade. No entanto, no próximo ano, poderá ser diferente.
De acordo com o reitor João Guerreiro, o orçamento proposto pelo Governo irá inviabilizar o normal funcionamento desta instituição.
«É inviável porque, nos últimos três anos, nós temos feito uma gestão no sentido de renegociar a totalidade dos contratos de aquisição de serviços, de não renovar contratos de docentes convidados que estavam na universidade. No ano passado, tivemos um corte nas transferências do Orçamento do Estado de 8,5 por cento», sublinhou.
O responsável acrescentou que «as universidades não são uma caixa de borracha que se pode comprimir a bel-prazer».
O reitor considerou que o Governo se tem colocado à parte do problema, limitando-se a apresentar às universidades um orçamento com cortes. Ainda assim, no entender de João Guerreiro, cabe ao Executivo dizer claramente o que pretende para o Ensino Superior.
Também os alunos afirmaram que já no ano letivo 2011/2012 viram algumas restrições.
O presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve, Pedro Barros, salientou que se nota contenção orçamental nas aulas, nomeadamente na área da Ciência.