Emídio Rangel criticou Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz, que «abençoou» aquilo a que chama de «jornal horrendo da TVI», o director do Sol que «não cumpriu o exercício do contraditório», José Manuel Fernandes e Paulo Portas, que fez «jornalismo sem respeitar os direitos humanos».
O ex-director da TSF, da SIC e da RTP, que falava esta terça-feira na Comissão de Ética, acusou também juízes e magistrados de estarem ao serviço da política.
«Nesta roda entraram» há pouco tempo a «Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público», que são centrais de gestão de informação processual «concretizada através da promiscuidade com jornalistas», criticou.
Os sindicatos «obtêm documentos de processos e trocam esses documentos com jornalistas nos cafés», acrescentou.
Num texto violento lido aos deputados, Emídio Rangel relatou também a forma como saiu da RTP, acusando directamente Nuno Morais Sarmento, então ministro da Presidência, de o ter «saneado» politicamente.
Depois disso, continuou, o então ministro com responsabilidades na Comunicação Social «começou a criar uma central de informação a funcionar a partir da presidência do Conselho de Ministros». «Sondou-me para saber se eu estava disposto a integrar essa central», mas disse que «não», acrescentou.
Emídio Rangel lamentou o «cortejo lacrimejante de jornalistas que se queixam de pressões», pediu aos deputados para lutarem «contra a descredibilização do jornalismo sério», mas só o PS lhe fez perguntas.