O Banco Internacional do Funchal (Banif) abriu uma ação de responsabilidade civil contra os ex-diretores da sua subsidiária Banif Brasil, depois de ter registado imparidades de 171 milhões de euros resultantes de "indícios de irregularidades", revelou hoje o banco.
«A administração do Grupo Banif ao inciar funções em março de 2012 diagnosticou, no Banco Comercial Brasil [a sua subsidiária brasileira], uma situação económica financeira frágil e indícios de irregularidades», lê-se no comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Conforme relata o banco liderado por Jorge Tomé, na altura, foi nomeada «uma nova diretoria executiva, que estabilizou a situação do banco, regularizou operações, procedeu ao levantamento detalhado das anteriores práticas de gestão, condições e registo das operações passadas, tendo também determinado a concomitante realização de auditorias e providências interruptivas da prescrição de responsabilidades».
Na sequência destas regularizações e auditorias, «foi necessário proceder ao registo de 92 milhões de euros de imparidades nas contas consolidadas do grupo em 2012 e, já no primeiro trimestre de 2013, de mais 79 milhões de euros», informou o Banif.
«Uma vez concretizada a estabilização da instituição financeira, a assembleia geral deliberou, nesta data, sob proposta do conselho de administração, a instauração de ações civis contra os ex-diretores, que terá lugar a par da participação dos factos às autoridades e de outras medidas de defesa dos interesses do Banif», realçou a instituição.