Confirmada detenção de dois diretores que transitaram do Bes para o Novo Banco

A Procuradoria-Geral da República esclarece que as detenções decorrem das buscas de quinta-feira no âmbito de investigações do processo-crime do universo Espírito Santo. O presidente do Novo Banco desvalorizou hoje o impacto deste desenvolvimento na instituição.

Confirmadas as detenções pela Procuradoria Geral da República, Eduardo Stock da Cunha disse: «Duas pessoas em seis mil [colaboradores] são 0,03%. Acha que me vou preocupar?».

O presidente do Novo Banco falava aos jornalistas à margem de uma conferência em Lisboa, promovida pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), sobre o financiamento de pequenas e médias empresas (PME).

O gestor diz que a sua missão é trabalhar «para as mais de seis mil» pessoas do banco, para os depósitos dos clientes e para os créditos às PME.

«Estou preocupado com as milhares de empresas portuguesas a quem damos crédito, com os milhões de portugueses que nos confiam os seus depósitos e com os mais de seis mil colaboradores do banco», sublinhou.

«Todas as instituições têm problemas algumas vezes com os seus colaboradores», reconheceu contudo Stock da Cunha.

A detenção dos dois quadros do antigo Bes foi confirmada à agência Lusa pela Procuradoria Geral da República: «No âmbito da operação ontem [quinta-feira] desencadeada foram constituídos dois arguidos. Esta constituição não está relacionada com a atividade por estes arguidos desenvolvida no Novo Banco».

A notícia foi avançada pelo jornal Público e também pela estação televisiva TVI, tendo uma fonte afirmado à Lusa que os dois responsáveis que foram constituídos arguidos estavam ligados à comercialização de dívida das 'holdings' do Grupo Espírito Santo (GES) aos balcões do Banco Espírito Santo (BES).

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