A auditoria aos casos de violação de segredo de justiça foi ordenada pela Procuradora Geral da República no início do ano e ainda não se sabe quando estará concluida.
Na altura, a procuradora Joana Marques Vidal considerou que esta auditoria era urgente.
Ouvida ontem sobre este assunto, em Coimbra, Joana Marques Vidal lembrou a complexidade da tarefa para justificar o facto de não ter sido fixada uma data para a sua conclusão.
No final de um debate ontem à noite em Coimbra, Joana Marques Vidal anunciou a intenção de tornar mais transparente a atividade do Ministério Público.
Joana Marques Vidal defende defende que o órgão que coordena a investigação criminal deve prestar contas com frequência.
A Procuradora explicou que a ideia é dar a conhecer o que faz o Ministério Público e, para melhor informar a opinião pública, será criado um gabinete «que permita que, relativamente a processos concretos, se elabore uma maneira mais proativa dos comunicados respetivos, mas que, em si mesmo, também seja um gabinete que permita dar reposta a preguntas dos jornalistas e do público».
Para que a atividade do Ministério Público seja cada vez mais transparente, a Procuradora defende a existência de uma avaliação externa ao funcionamento dos serviços. O modo como essa avaliação pode ser feita tem de ser estabelecida por pessoas reconhecidas dentro do sistema judiciário português ou estrangeiro.