Poderia ter havido acusação no caso Camarate em 2004, diz Souto Moura

Na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso Camarate, Souto de Moura considerou que, em 2004, poderiam existir elementos suficientes para «sustentar uma acusação».

O antigo Procurador-geral da República Souto Moura admitiu, na quinta-feira, que em 2004 já poderia haver matéria para que fosse deduzida acusação no caso Camarate.

Na Comissão de Inquérito à queda do avião que transportava Francisco Sá Carneiro, este ex-procurador reconheceu que as comissões parlamentares foram sempre mais longe que o Ministério Público.

«Em face dos resultados da VIII Comissão, senti que esses elementos conjugados com o que estava no processo, se eu fosse magistrado da Primeira Instância, não digo que levassem forçosamente, mas poderiam sustentar uma acusação», sublinhou.

Perante uma prescrição a apontar para 2000, Souto de Moura defendeu que quando esta situação acontece «nos tribunais e para efeitos de Justiça Penal é encerrar o assunto definitivamente».

Souto de Moura disse ainda não concordar com a teoria de Freitas do Amaral que sustentou que houve «auto-limitação das entidades judiciais», uma vez que não vê qualquer «posição deliberada e intencional de 'não querer saber disto mais para nada'».

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de